terça-feira, 14 de setembro de 2010


Talvez o amor, e falo de amor verdadeiro, seja descomprometido, livre, nostálgico... talvez seja essa magia que deixamos quem amamos sem fronteiras. Por isso é que o amor requer confiança, cumplicidade…
A paixão não… Faz-nos acreditar, ilude, prende…
Muitos amam e pensam que não passa de um paixoneta parva, outros estão apaixonados (refiro-me àqueles que sentem paixão em vez de amor) e acham-se possuidores do maior amor da vida… Quem ama não possui… Quem ama deixa livre…
Quem ama… AMA e mais nada ;)

Contigo

Contigo estou bem, sinto-me mulher, fazes-me bem. Mas sem ti, também continuo a ser eu, não mudas nada do que eu sou perante a sociedade e os outros, o meio que me envolve, continua o mesmo, o meu quarto continua desarrumado… Se tudo continua igual, porque é que sinto a tua falta? Porque tropeças em todos os meus pensamentos? Porquê se é tudo o que eu menos queria e tudo o que eu menos esperava? Porque persistes? Porque existes? Porque é que gosto de ti se és um manhoso traiçoeiro? Porque é que me enervo? Porquê estes porequês?? Aihhh…

Bancos de comboio


Talvez a nossa vida por ser comparada a um banco de comboio. Sempre para lá e para cá, a percorrer caminhos, em constante movimento e sempre parados. Quem vem não sabe quem esteve e muito menos quem virá, porque depois d se levantar já o banco não lhe pertence.
Quem viaja, uns distraem-se com revistas ou jornais, MP3 ou telemóveis, computadores ou livros e até as mais maduras fazem a sua renda. Todos se assustam quando passa em comboio pelo outro, porque todos sntem medo, porque todos têm receio que choquem, porque todos têm medo de morrer.
Toda a gente quer chegar ao final da viagem e poder largar o seu banco em segurança. Este que durante a viagem nos amparou das curvas, nos reconfortou e depois largamos nem olhamos para trás.
OK, é só um banco, sim; mas quantas vezes é que não fazemos às pessoas como fazemos com os bancos do comboio?